Relação de pais e adolescentes


Os pais estão cada vez mais preocupados a respeito do futuro de seus filhos, hoje em dia a família não mais se sente auto-suficiente para administrar a educação de seus filhos, é comum que busquem ajuda em programas de TV, no ciclo social, e principalmente, encarem a escola como uma parceria na formação dos filhos em todos os aspectos educacionais. As expectativas que os pais têm da escola são inúmeras, mas pode-se resumir dizendo que os pais esperam que a escola reforce aquilo que eles ensinam em casa, e ainda preencha as lacunas que eles, pais, não se sentem capazes (e talvez realmente não sejam) de preencher. Hoje é motivo de preocupação para os pais questões que antes eles podiam resolver simplesmente ocultando dos filhos, ou impondo-lhes uma dita “verdade” ou simplesmente proibindo-os, tais como questões de religião, etnia, ideologia, classe e etc. hoje passaram a ser tema de debate que não pode ser mantido fora do diálogo entre pais e filhos bem como da sala de aula. Temas que obrigam os pais a “saber” tratar, e que faz com os pais se preocupem em como a escola vai tratar.
A relação entre os pais e filhos mudou, pois mudou a família, tomando novas formas através de divórcios e segundos casamentos, madrastas e padrastos, meio-irmãos, irmãos dos irmãos e primos que não tem relação consangüínea, “pais de fins-de-semana”, mães que trabalham fora de casa, e por isso não podem manter a mesma dedicação à Educação dos filhos como a anos atrás, e diversas outras “novidades” que atualmente são corriqueiras na vida das crianças. Aumentou o nível de preocupações dos pais e também o número de coisas que eles tem de considerar, os jovens hoje estão expostos a uma diversidade de informações e de “perigos” que antes não existiam.
Os valores e as tradições educacionais estão em contínuo processo de transformação, porque a sociedade é dinâmica e a “verdade” efêmera. Não se pode mais acreditar numa solução unívoca que atenda a todas as demandas educacionais que se tem hoje em dia, os pais e as escolas agora têm de se adaptar ao movimento da sociedade, buscando encontrar caminhos para preparar as crianças para o futuro, para isto tem-se que enfrentar a polêmica e encarar as possibilidades de caminhos que podem variar de formas conservadoras, até reacionárias, a formas revolucionárias.
Não importa o quão tradicional seja a educação que se pretende dar aos filhos, não se tem como ignorar os processos de formação da personalidade individual, bem como os mecanismos afetivos, destacar apenas o comportamento observável de uma criança ou adolescente acarretará num sério problema de comunicação entre pais e filhos que pode levar a drásticas surpresas.
O comportamento não é controlado apenas por suas conseqüências, então o uso de recompensas e de punições para induzir o comportamento desejado, pode levar ao estabelecimento de uma relação de troca onde deveria haver uma relação de afeto e confiança. Os pais de todo mundo lançam mão desta idéia, e passam a reforçar o estímulo para a Educação criando várias formas de punição e também de recompensa, se utilizam desta técnica para obter um “bom” comportamento dos filhos, ou seja, um comportamento condicionado, obediente, mas fácil de lidar.
Isto ocorre até hoje dentro de famílias modernas e dos estabelecimentos de ensino, mesmo se sabendo que esta é uma visão sectária, não levando em conta todo o processo interno ao sujeito (não observável) mas de grande valor na formação da personalidade. Uma rígida disciplina parece ser o caminho para o sujeito de comportamento “bem educado”, então a disciplina é a obrigação dos educadores (pais ou professores), pois é o que permite a aprendizagem. Contudo, mesmo não questionando a importância de por limites ao comportamento, afinal, a vivência em comunidade impõe esta condição, o controle autoritário do comportamento ignora a individualidade dos sujeitos, ignora a possibilidade de diferentes respostas a um mesmo estímulo. Entretanto, como é uma técnica de emprego fácil e que muitas vezes pode dar rápidos resultados, ou pelo menos resultados aparentes, se torna uma grande tentação para o educador, só que estabelece uma relação autoritária, não recíproca e que, se não receber outras formas de comprometimento, pode se tornar hostil, principalmente na adolescência.
É por este motivo que este tipo de Educação vem sendo cada vez mais criticada, e tem perdido espaço para novos experimentos que se preocupam com a formação do caráter, com o saber ser apreendido, assimilado e refletido, com desenvolvimento da individualidade ou mesmo da humanidade. O respeito aos pais é construído sinceramente, sem que seja forjado pelo medo.
Por isso, no final dos anos 70, os pais da classe média passaram a questionar o tipo de educação que receberam, vale lembrar que eles haviam passado por processos de liberação sexual, luta contra a ditadura, crítica a censura, intenso contato com teorias psicológicas, novas teorias pedagógicas e outras coisas, que faziam eles questionarem a validade de se manter uma relação tão apartada com seus filhos, impondo-lhes a aceitação de tudo de forma arbitrária, através da força. Os pais de classe média mais “liberais” foram os primeiros a procurar por uma valorização do lado humano, afetivo, criativo, consciente e experimentador da infância e da adolescência, mas, anos mais tarde, tiveram de deparar com uma realidade não muito animadora, que é a deficiência de se controlar e de impor limites que permitam aos filhos uma boa convivência social e uma boa colocação dentro da sociedade, nenhum pai quer que seu filho se sinta excluído.
Gravidez precoce, abandono dos estudos, uso de drogas, prostituição, violência, brigas, pequenos crimes entre outras coisas são preocupações constantes dos pais, suas maiores dúvidas são saber como conduzir os filhos por um caminho onde estas coisas estão presentes, tendo de protegê-los e ao mesmo tempo de prepará-los para o enfrentamento, como explicar sem manipular, como afastar sem coibir a liberdade, ou seja, como impor limites, informar, esclarecer, cuidar, aceitar os riscos e amar, tudo na medida certa, medida esta que é totalmente desconhecida dos pais e dos filhos. Os objetivos dos pais estão ligados a preparar o filho para a “vida”, dando-lhe confiança, criatividade e iniciativa, há uma grande preocupação com a formação do caráter e de um comportamento ético, mas não esquece da necessidade de adequação às exigências do mercado de trabalho e da comunidade, condições de sobrevivência, que ainda apresentam cobranças muito “tradicionais”.
A adolescência é, em especial, um período de muita instabilidade para as pessoas, pois nela ocorrem diversas transformações hormonais que mexem não só com o corpo, mas também com a mente. Após os 11 anos, o pensamento já atinge um certo nível de abstração, então a percepção passa a ser também subjetiva, o que permite ao adolescente fazer uma reflexão crítica das coisas, nesta hora, os pais, que se esforçaram em dar condições aos filhos de questionamento da realidade, vão perceber antes dos outros os primeiros resultados desse esforço, muitas vezes em forma de um questionamento a respeito deles pais, o que não deve ser encarado como algo negativo, e sim a nascimento de um novo projeto de vida.
Entre os 11 e 12 anos, a puberdade está em latência, é comum aparecerem distúrbios motores, afetivos, biológicos advindos deste novo contexto sócio-afetivo. Até os 11 anos, a noção de grupo, de comunidade, de ligações afetivas era baseada em coisas bem concretas (família, turma da escola, turma da rua, etc.), após os 11 anos, a criança já possui novos parâmetros (que só vão se ampliar) de relacionamentos, e a identificação de grupo ao qual ela pertence se transforma.
Para optar entre estes novos parâmetros (que envolvem a postura profissional, sexual, ética, empreendedora e tudo mais), os jovens levam em consideração tudo que existe ao seu redor que eles começam a perceber, separam os que mais parecem lhes satisfazer e daí pesam os prós e os contras de cada um, levando em conta não só a vontade própria, como também a opinião dos pais, que tem um valor fundamental afetivo. Mas nem sempre a decisão final agrada aos pais (na maioria das vezes, isto é causado simplesmente devido à “defasagem” ocasionada pelas mudanças socioculturais entre a adolescência dos pais e a dos filhos, sem que signifique realmente um motivo concreto para a preocupação dos pais), daí ser comum o sentimento dos pais de querer impedir o crescimento dos filhos no intuito de protegê-los, só que eles também querem ver desenvoltas as aptidões individuais dos filhos e suas personalidades próprias. Cria-se um paradigma paterno que espelha um outro paradigma, o dos filhos adolescentes, que experimentam agudamente o medo, a ansiedade e o sentimento de que perderam a infância para algo que desconhecem, e ao mesmo tempo, vontade crescerem e de se afirmarem como indivíduos.
Entretanto, muitas vezes, observa-se um comportamento esquivo em adolescentes, tal como, querer dormir demais, ser muito tímido, não ter ânimo para sair de casa ou fazer as coisas, comer absurdamente, ficar o tempo todo jogando no computador, uso de drogas, ficar com a atenção presa a TV, etc., mas este comportamento é uma fuga do paradigma que o aflige. Da mesma forma, que muitos pais enchem seus filhos com “gordas” mesadas, cedem-lhe às vontades, ou os matriculam em uma enorme quantidade de tarefas extracurriculares, para fugir do mesmo paradigma. Estes são, sem dúvida, comportamentos que fogem da tentativa de comunicação entre pais e filhos, mas a comunicação com os pais é de grande valor para os filhos, bem como suas opiniões lhes servem na formação do caráter. Nada disso, vai fazer com que os filhos sigam estritamente o que os pais lhe recomendam, contudo com certeza vai influenciar suas ações e diminuir a angústia de ambos.
Pais e adolescentes sofrem com as mudanças que ocorrem nesta fase do desenvolvimento humano (que vai dos 11 ou 12 anos até os 17 ou 18 anos), a tarefa de saber como se educar já não é fácil, aliás, é uma proposição suficientemente difícil em qualquer idade, nesta as dificuldades são ainda maiores, mas exatamente por ser um período de grandes mudança é que ele se torna um período muito fértil e criativo, que pode desembocar em um relacionamento muito bom entre pais e filhos, mas para isso, ambos tem de enfrentar o problema juntos, encarando as dificuldades e respeitando uns aos outros, se comunicando sinceramente, sem medo e sem julgamentos, apenas, honestas tentativas de ajudar.

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Métodos anticoncepcionais e de contracepção.


Todas as mulheres e homens devem ter controle sobre quando desejam ter filhos. Não é fácil escolher entre os métodos anticoncepcionais, ou contraceptivos, já que há muitas coisas a considerar. Aprender sobre os métodos anticoncepcionais que você ou seu parceiro podem usar, e conversar com um profissional da saúde, são duas boas formas de começar.
Não há "o melhor" método anticoncepcional. Cada contraceptivo tem suas vantagens e desvantagens. Alguns métodos funcionam melhor do que outros para prevenir a gravidez. Pesquisadores estão sempre trabalhando no desenvolvimento e aprimoramento dos métodos anticoncepcionais.

Na escolha do método anticoncepcional você deve levar em conta:

* Sua saúde geral.

* Com que freqüência tem relações sexuais.

* A quantidade de parceiros sexuais que tem.

* Se deseja de ter filhos no futuro.

* A eficiência de cada método em prevenir a gravidez.

* Qualquer efeito colateral potencial.

* O seu nível de conforto usando o método.

Tenha em mente que nenhum método anticoncepcional previne a gravidez sempre. Métodos anticoncepcionais podem falhar. Porém, você pode elevar bastante a eficiência do método anticoncepcional usando-o sempre corretamente. A única forma de ter certeza que nunca engravidará é não ter relação sexual (abstinência).

Quais são os diferentes métodos anticoncepcionais que posso usar?

Há vários métodos anticoncepcionais que a mulher pode usar. Converse com seu médico para ajudá-la a escolher qual é o melhor para você. Pode-se sempre tentar um método, e se não gostar trocá-lo por outro.
Tenha em mente que a maioria dos métodos anticoncepcionais não a protegem do vírus HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis como gonorréia, clamídia e herpes. Tirando a abstinência sexual, a melhor proteção para HIV e doenças sexualmente transmissíveis é o preservativo masculino. O preservativo feminino pode oferecer alguma proteção contra doenças sexualmente transmissíveis. Outros métodos anticoncepcionais que envolvem usar espermicida também podem dar alguma proteção contra gonorréia e clamídia.
Tenha sempre em mente que todos os métodos anticoncepcionais que falaremos a respeito a seguir funcionam melhor se usados corretamente. Certifique-se que sabe a forma correta de usá-los. Converse com seu médico e não fique envergonhada de perguntar se tiver dúvidas.

Abaixo está uma relação de métodos anticoncepcionais com estimativa de eficiência:

Abstinência contínua - Significa nunca ter intercurso sexual. É o único método com 100% de eficiência para evitar a gravidez.
Abstinência periódica e métodos de consciência dos dias férteis - A mulher com um ciclo menstrual regular tem por mês em torno de 9 ou mais dias férteis, ou dias nos quais ela pode ficar grávida. Abstinência periódica, popularmente conhecia como método da tabelinha, significa não ter relação sexual nos dias que pode estar fértil. Em métodos de consciência dos dias férteis pode-se ter relação sexual no período fértil, porém usando métodos anticoncepcionais de "barreira", os quais impedem o esperma de alcançar o ovo. Esses métodos incluem preservativos, diafragmas ou capuz cervical; usados juntamente com espermicidas. Esses métodos têm eficiência entre 75-99% na prevenção da gravidez.
Preservativo masculino - Esse método é classificado como de barreira, porque coloca um bloqueio, ou barreira, que impede o esperma alcançar o ovo. Preservativo masculino, popularmente conhecido como camisinha, tem entre 86-98% de eficiência na prevenção da gravidez. Lubrificantes à base de óleo, como óleos de massagem, óleos para bebês e loções enfraquecem o preservativo que pode romper. Sempre mantenha os preservativos fora do calor e umidade. Pesquise preços de preservativos masculinos
Contraceptivos orais ou pílula anticoncepcional - Contraceptivos orais, popularmente chamados de pílula anticoncepcional, contêm hormônios estrogênio e progestina. A pílula é tomada diariamente para impedir a liberação dos ovos do ovário. Isso também ameniza o fluxo durante a menstruação e protege contra doenças inflamatórias pélvicas, câncer de ovário e câncer endometrial. Por outro lado, a pílula aumenta o risco de doença cardíaca, incluindo pressão alta, coágulos sanguíneos e obstrução de artérias. Se você tem mais de 35 anos e fuma, ou tem histórico de coágulos sanguíneos ou câncer de mama ou endometrial, seu médico a pode aconselhar a não usar pílula anticoncepcional. Se usada corretamente, a pílula tem entre 95-99,9% de eficiência na prevenção da gravidez. Você precisa de orientação médica para certificar-se que não terá problemas.
Mini-pílula - Diferente da pílula combinada, a mini-pílula tem somente o hormônio progestina, e não estrogênio mais progestina. Tomada diariamente, a mini-pílula reduz e engrossa o muco cervical para prevenir que o esperma alcance o ovo. Ela também impede o ovo fertilizado de implantar-se no útero. A mini-pílula ainda diminui o fluxo da menstruação e protege contra câncer endometrial e de ovário. Mulheres amamentando podem usar a mini-pílula porque ela não afeta o suprimento de leite. A mini-pílula é uma boa opção para mulheres que não podem tomar estrogênio ou que têm risco de coágulos sanguíneos. Se usada corretamente, a eficiência da mini-pílula é de 95-99,9% na prevenção da gravidez. Você precisa de orientação médica para certificar-se que não terá problemas.
DIU T de cobre - DIU é um pequeno dispositivo em forma de T. Seu médico o coloca dentro do útero. Os braços do DIU de cobre em forma de T contêm algum cobre, o que interrompe a fertilização ao prevenir que o esperma passe pelo útero em direção ao tubos de falópio. Se a fertilização ocorrer, o DIU pode prevenir o ovo fertilizado implantar-se no revestimento do útero. O DIU T de cobre pode ficar no seu útero por até 10 anos. Ele não a protege contra doenças sexualmente transmissíveis. Esse DIU é 99% eficiente na prevenção da gravidez. Esse método anticoncepcional requer visita ao médico para a implantação do DIU e verificar se não está havendo nenhum problema.
DIU Progestasert (dispositivo intra-uterino) - Esse DIU é um pequeno plástico em forma de T que é colocado dentro do útero por um médico. Ele contém o hormônio progesterona, o mesmo produzido pelo ovário durante o ciclo menstrual. A progesterona faz com que o muco cervical fique espesso, de modo que o esperma não consegue alcançar o ovo, e o ovo fertilizado fica impedido de implantar-se dentro do revestimento do útero. O DIU Progestasert pode ficar no útero por um ano. Esse DIU é 98% eficiente na prevenção da gravidez. Esse método anticoncepcional requer visita ao médico para a implantação do DIU e verificar se não está havendo nenhum problema.
Preservativo feminino - Usado pela mulher, esse método de "barreira" impede o esperma de entrar no seu corpo. Ele é feito de poliuretano, tem lubrificante e pode oferecer proteção contra doenças sexualmente transmissíveis. O preservativo feminino pode ser colocado até 8 horas antes do intercurso sexual. Esse método anticoncepcional tem entre 75-95% de eficiência na prevenção da gravidez.
Implante (Norplant and Norplant 2) - Esse produto consiste de cápsulas pequenas e finas que são colocadas abaixo da pele. Essas cápsulas liberam uma quantidade constante e bem pequena de um esteróide que previne a gravidez por até 5 anos. As cápsulas podem ser removidas a qualquer momento, e então você poderá ficar grávida. Esse método anticoncepcional tem 99,8% de eficiência na prevenção da gravidez. Requer visitas ao médico para verificar se não está havendo nenhum problema.
Depo-Provera - Nesse método anticoncepcional a mulher toma injeções do hormônio progetina nas nádegas ou braço a cada 3 meses. Esse método anticoncepcional tem 99,7% de eficiência na prevenção da gravidez. Requer visitas ao médico para verificar se não está havendo nenhum problema. O uso prolongado pode ocasionar perda significativa na densidade óssea. Mulheres só devem usar esse método por longos períodos se todas as outras opções forem inadequadas.
Diafragma e capuz cervical - Esses são métodos anticoncepcionais de "barreira", onde o esperma é impedido de alcançar o ovo. O diafragma é moldado como uma taça rasa de latex. O capuz cervical é um dispositivo de latex em forma de dedal. Ambos têm tamanhos variados e você precisa de assistência profissional para escolher o que melhor se encaixa. Antes da relação sexual você os usa com espermicida colocando-os dentro da vagina para tampar seu cervix (colo do útero). Você pode comprar espermicidas em farmácias. Os espermicidas também ajudarão a protege-la contra gonorréia e clamídia se tiverem nonoxynol-9. Algumas mulheres podem ser sensíveis ao nonoxynol-9 e precisam usar espermicidas que não o contém. O diafragma tem eficiência entre 80-94% na prevenção da gravidez. Já o capuz cervical tem eficiência entre 80-90% para mulheres que ainda não tiveram filhos, e entre 60-80% para as que já foram mães. Esses métodos requerem visita ao médico para verificar qual produto tem o melhor encaixe.
Adesivo Ortho Evra - Esse é um adesivo de pele que libera hormônios progestina e estrogênio na circulação sanguínea. Coloca-se um novo adesivo a cada semana por três semanas e então não o usa durante a quarta semana para ter a menstruação. O adesivo é 99% eficiente na prevenção da gravidez, porém parece ter a eficácia reduzida em mulheres que pesam mais de 90kg. Você precisa consultar seu médico para ele prescrever esse produto e verificar se você não está tendo problemas.
Anel vaginal contraceptivo hormonal (NuvaRing) - NuvaRing é um anel que libera os hormônios progestina e estrogênio. Você aperta o anel entre o polegar e o dedo indicador e o insere na vagina. Usa-se o anel por três semanas, remove-se na quarta semana para a menstruação e então cola-se novamente. O anel tem eficiência entre 98-99% na prevenção da gravidez. Você precisa consultar seu médico para ele prescrever esse produto e verificar se você não está tendo problemas.
Esterilização cirúrgica (ligação de trompas ou vasectomia) - Esses métodos cirúrgicos são para pessoas que querem um método anticoncepcional definitivo. Em outras palavras, nunca quiseram ser pais ou não desejam ter mais filhos. A ligação de trompa é feita na mulher para impedir que os ovos desçam ao útero onde são fertilizados. No homem a vasectomia impede que o esperma vá até o pênis, de modo que a ejaculação não tenha espermatozóides. Esses métodos tem eficiência ente 99-99,5% na prevenção da gravidez.

Contracepção de emergência - Esse não é e nunca deve ser usado como um método contraceptivo regular. Contracepção de emergência é usada para impedir que a mulher fique grávida quando teve intercurso vaginal sem usar nenhum método anticoncepcional ou quando o anticoncepcional tenha falhado (como o preservativo rompido). A contracepção de emergência consiste em tomar, até 3 dias depois da relação sexual, duas doses de pílulas hormonais com intervalo de 12 horas entre elas. Esse método as vezes é chamado de "pílula do dia seguinte". As pílulas têm eficiência de 75-89% na prevenção da gravidez. Outro tipo de contracepção de emergência é a colocação de DIU T de cobre no útero até sete dias depois da relação sexual. Esse método tem eficiência de 99% na prevenção da gravidez. Você precisa visitar seu médico para prescrição desses métodos e verificar se você não está tendo problemas.

Há alguma forma de gel que posso usar para evitar a gravidez?

Você pode comprar espermicidas em farmácias e drogarias. Os espermicidas agem matando os espermatozóides e pode ter diversas formas: gel, creme, tablete, etc. Eles são colocados na vagina não mais que 1 hora antes do intercurso sexual e deixados lá por pelo menos 6 a 8 horas depois. Você terá maior proteção contra a gravidez se usar o espermicida juntamente com preservativo, diafragma ou capuz cervical. Há espermicidas feitos especificamente para serem usados com o diafragma e capuz cervical. Cheque a embalagem para verificar se está comprando o que precisa.

Todos os espermicidas têm químicos que matam os espermatozóides. Alguns espermicidas também têm nonoxynol-9, o qual a pode proteger de gonorréia e clamídia, mas não do vírus HIV. Algumas mulheres são sensíveis ao nonoxynol-9 e devem usar espermicidas que não contêm essa substância. Espermicidas usados sozinhos tem 74% de eficiência na prevenção da gravidez.

Qual é a eficiência do coito interrompido?

O coito interrompido não é um método anticoncepcional eficiente. Ele consiste em remover o pênis da vagina antes da ejaculação. Isso impediria o esperma de alcançar o ovo. Entretanto, pode ser difícil para o homem remover o pênis da vagina antes da ejaculação e isso requer muito auto-controle. Mesmo que o homem não ejacule na vagina, ainda assim há o risco de ocorrer a gravidez. Quando o pênis fica ereto pode haver fluido no topo do pênis que contém esperma. Esse esperma pode engravidar a mulher.
(http://www.copacabanarunners.net/anticoncepcionais.html)

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Sexo na adolescência :Transformações da Mente e do Corpo




A Adolescência, período de vida compreendido entre 10 e 20 anos, é uma fase bastante conturbada. Ocorrem transformações físicas e emocionais importantes, preparando a criança para assumir um novo papel perante a família e a sociedade. A criança desenvolve-se, amadurece e fica apta para usufruir sua sexualidade, firmando sua identidade sexual e buscando um par, já com a possibilidade de gerar filhos.

A fase onde há modificações no corpo chama-se de Puberdade. Ocorre a primeira menstruação nas meninas (menarca), as poluções masculinas (ejaculações espontâneas sem coito), o crescimento de pêlos no corpo, a mudança de voz nos rapazes, o amadurecimento da genitália, com aumento do tamanho do pênis e dos seios, entre outros.

Mas nem sempre esta fase vem acompanhada das transformações emocionais e sociais que são o marco da adolescência. Dependendo da cultura de cada povo, a adolescência pode chegar mais tarde, independente da criança estar já bem desenvolvida fisicamente. É o caso dos países ocidentais, como os Estados Unidos e a Inglaterra ou França. O processo de educação continuada e a grande soma de informações, por exemplo, acabam por retardar a necessidade, por parte dos jovens, da busca de uma vida separada de seus pais. Muitos ainda moram com a família depois dos 20 anos. Já em sociedades mais simples, como em algumas regiões do Brasil, da África ou da Ásia, a necessidade de força braçal, desde muito cedo, antecipa a entrada da criança na adolescência e nas responsabilidades que lhe são devidas.


(http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?11)

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Começa cedo – muitas vezes, aos 10 anos – o aprendizado sobre posições, jogos eróticos, contracepção.



A primeira relação sexual ocorre cada vez mais cedo entre os jovens brasileiros. "A iniciação se dá por volta dos 15 anos, o que, em linguagem estatística, significa dos 13 aos 17", afirma a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade (Prosex) do Instituto de Psiquiatria da USP. A 3ª Pesquisa Nacional de Demografia da Saúde da Mulher e da Criança, realizada pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e divulgada no mês passado, reforça esse dado: na faixa etária de 15 a 19 anos, 32,6% das entrevistadas admitiram ter tido a primeira relação aos 15 anos. Há dez anos, eram 11,5%. Mas os estudos de Carmita Abdo vão além: "Nossas pesquisas em escolas, inclusive de classe A/B, em São Paulo, consta taram que, aos 10 anos, 75% dos alunos já tiveram algum contato erótico, como beijo de língua, amassos e toques em partes erógenas". Geralmente, essas experimentações acontecem entre os próprios adolescentes e muitos aderem para não ficar com fama de criancinha, em busca da aprovação do grupo. As pesquisas da psiquiatra mostram ainda que, no primeiro relacionamento duradouro, a garotada passa das carícias para a relação sexual com penetração em no máximo sete meses. A partir daí, inclui de tudo em suas práticas – sexo vaginal, oral, anal, masturbação mútua.
Se você está se perguntando onde tudo isso acontece, saiba que, em metade dos casos, é na casa de um dos dois, com consentimento aberto ou velado dos pais. Os outros 50% ocorrem em viagens e passeios em grupos, festas na casa dos amigos, banheiros de raves e casas noturnas. E, para quem não sabe, "ficar" agora é também chamado de "beijar" e pode ou não incluir relação sexual. A cada ano, cerca de 4 milhões de adolescentes tornam-se sexualmente ativos no Brasil, segundo informações do Ministério da Saúde. "E a ocorrência de gravidez tem aumentado entre as meninas mais novas", afirma a psicóloga e educadora sexual Márcia Maria Cruz Campos, diretora da ONG Instituto Aliança com o Adolescente, em Salvador.

(http://claudia.abril.com.br/materias/3013/)

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MEDO DA CAMISINHA


Esse cenário não surpreende a ginecologista Albertina Duarte Takiuti, coordenadora do Programa do Adolescente, da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. "Hoje, ficou fora de moda ser BV (boca virgem) até entre os mais novos, e o adolescente considera as relações sexuais parte do namoro. Também mostra ambigüidade em relação à idade ideal para a primeira transa – eles dizem 17 anos, mas começam bem antes." Não que seja uma questão cronológica. O que importa é a capacidade de cuidar de si mesmo. E, nesse quesito, eles vão mal.

Na avaliação dos especialistas, as campanhas de prevenção da aids e o aumento da educação sexual nas escolas desde os anos 1980 deram frutos mirrados. Segundo Carmita Abdo, 98% dos adolescentes conhecem anticoncepcionais e sabem que o preservativo é a única proteção contra o HIV. "Só que apenas de 35 a 40% usam camisinha em todas as relações. Eles evitam porque temem perder a ereção ou ejacular precocemente ao colocar o preservativo. E elas não exigem com medo de afastar o parceiro", diz a psiquiatra. A conclusão é que informação não basta. "Enquanto o professor fala de coisas biológicas, eles ficam desenhando corações no caderno. O desafio é dar significado para a proteção e o autocuidado, transformando em 'careta' a atitude de não se prevenir", ensina Albertina, que, com o Programa do Adolescente, vem obtendo resultados animadores em seu estado.

Segundo a Fundação Seade, entre 1998 e 2006, São Paulo teve queda de 32% na ocorrência de gravidez dos 10 aos 19 anos; redução de 34% da segunda gravidez na adolescência; e diminuição de 66% de novos casos de aids entre 15 e 19 anos. O segredo foi compreender que, mais do que tesão, o que motiva muitas dessas relações sexuais é insegurança e desejo de aprovação numa fase em que a insatisfação com o corpo, a incerteza sobre o futuro e as dificuldades no convívio com os pais alimentam a vulnerabilidade do jovem e afetam sua auto-estima. Albertina e seu grupo de trabalho acertaram ao incluir as emoções nas conversas sobre sexualidade e acolher até as dúvidas mais simples, como se ainda vai crescer ou por que está com espinha. "O adolescente precisa desenvolver a segurança para conseguir negociar na relação a dois sem medo de rejeição", conclui Albertina.

Não adianta ter conversas esporádicas nem vir com eufemismos. Segundo a médica, é preciso ser clara ao dizer o que é relação sexual e especificar que pode ser vaginal, oral ou anal. Outro ponto importante é demolir mitos que induzem os adolescentes a práticas de risco, como achar que ninguém engravida na primeira transa ou que basta ejacular fora para evitar a gravidez. Também cabe voltar sempre ao tema e estar atenta aos questionamentos – eles ouvem falar de tudo, mas estão longe de compreender plenamente as implicações e riscos. Sabem, por exemplo, o que é sexo oral, conhecem a "mecânica" da coisa e até podem trocar idéias sobre como apimentar a prática. No entanto, poucos entendem que é possível pegar aids e outras doenças por meio desse contato sexual.

Essa opinião é compartilhada pelo psicólogo Antonio Carlos Egypto, coordenador do Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual (GTPOS), em São Paulo, e autor do livro SEXO, PRAZERES E RISCOS (SARAIVA). Um dos pioneiros na implantação de programas de educação sexual no Brasil, Egypto afirma que o jovem hoje recebe uma carga grande de imagens, textos e produtos relacionados à sexualidade, ao erotismo e à pornografia. "Só que essas coisas têm mais a ver com situações de consumo e se destinam a despertar a excitação. No outro extremo, estão as campanhas de prevenção. No meio de tudo isso está o jovem, incapaz de entender o que se passa com ele e com a sociedade. É aí que entram escola e família", diz ele.

No entanto, a experiência mostra que muitos pais não estão preparados para oferecer uma educação sexual para os filhos e se sentem bastante aliviados quando a escola decide assumir essa tarefa. “Mas apenas eles podem transmitir os valores da família. Esse é um limite que precisa ficar estabelecido desde o início”, pondera Regina Célia Tocci Di Giuseppe, diretora ético-religiosa do Colégio Santo Américo, em São Paulo, que há dez anos inclui o tema na sua grade curricular. Para a psicopedagoga Eleuza Guazzelli, da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, a dificuldade familiar está ligada a informações inadequadas, constrangimentos e preconceitos: "A saída é aproximar os pais dos projetos e das ações que desenvolvemos para que aprendam e apóiem os filhos".


(http://claudia.abril.com.br/materias/3013/?pagina2&sh=&cnl=&sc=)

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Adolescência e Gravidez



A adolescência implica num período de mudanças físicas e emocionais considerado, por alguns, um momento de conflitivo ou de crise. Não podemos descrever a adolescência como simples adaptação às transformações corporais, mas como um importante período no ciclo existencial da pessoa, uma tomada de posição social, familiar, sexual e entre o grupo.

A puberdade, que marca o início da vida reprodutiva da mulher, é caracterizada pelas mudanças fisiológicas corporais e psicológicas da adolescência. Uma gravidez na adolescência provocaria mudanças maiores ainda na transformação que já vinha ocorrendo de forma natural. Neste caso, muitas vezes a adolescente precisaria de um importante apoio do mundo adulto para saber lidar com esta nova situação.

Porque a adolescente fica grávida é uma questão muito incômoda aos pesquisadores. São boas as palavras de Vitalle & Amâncio (idem), segundo as quais a utilização de métodos anticoncepcionais não ocorre de modo eficaz na adolescência, inclusive devido a fatores psicológicos inerentes ao período da adolescência. A adolescente nega a possibilidade de engravidar e essa negação é tanto maior quanto menor a faixa etária.

A atividade sexual da adolescente é, geralmente, eventual, justificando para muitas a falta de uso rotineiro de anticoncepcionais. A grande maioria delas também não assume diante da família a sua sexualidade, nem a posse do anticoncepcional, que denuncia uma vida sexual ativa. Assim sendo, além da falta ou má utilização de meios anticoncepcionais, a gravidez e o risco de engravidar na adolescente podem estar associados a uma menor auto-estima, à um funcionamento familiar inadequado, à grande permissividade falsamente apregoada como desejável à uma família moderna ou à baixa qualidade de seu tempo livre. De qualquer forma, o que parece ser quase consensual entre os pesquisadores, é que as facilidades de acesso à informação sexual não tem garantido maior proteção contra doenças sexualmente transmissíveis e nem contra a gravidez nas adolescentes.

Uma vez constatada a gravidez, se a família da adolescente for capaz de acolher o novo fato com harmonia, respeito e colaboração, esta gravidez tem maior probabilidade de ser levada a termo normalmente e sem grandes transtornos. Porém, havendo rejeição, conflitos traumáticos de relacionamento, punições atrozes e incompreensão, a adolescente poderá sentir-se profundamente só nesta experiência difícil e desconhecida, poderá correr o risco de procurar abortar, sair de casa, submeter-se a toda sorte de atitudes que, acredita, “resolverão” seu problema.O bem-estar afetivo da adolescente grávida é muito importante para si própria, para o desenvolvimento da gravidez e para a vida do bebê. A adolescente grávida, principalmente a solteira e não planejada, precisa encarar sua gravidez a partir do valor da vida que nela habita, precisa sentir segurança e apoio necessários para seu conforto afetivo, precisa dispor bastante de um diálogo esclarecedor e, finalmente, da presença constante de amor e solidariedade que a ajude nos altos e baixos emocionais, comuns na gravidez, até o nascimento de seu bebê.

Mesmo diante de casamentos ocorridos na adolescência de forma planejada e com gravidez também planejada, por mais preparado que esteja o casal, a adolescente não deixará de enfrentar a somatória das mudanças físicas e psíquicas decorrentes da gravidez e da adolescência.

A gravidez na adolescência é, portanto, um problema que deve ser levado muito a sério e não deve ser subestimado, assim como deve ser levado a sério o próprio processo do parto. Este pode ser dificultado por problemas anatômicos e comuns da adolescente, tais como o tamanho e conformidade da pelve, a elasticidade dos músculos uterinos, os temores, desinformação e fantasias da mãe ex-criança, além dos importantíssimos elementos psicológicos e afetivos possivelmente presentes.

Para se ter idéia das intercorrências emocionais na gravidez de adolescentes, em trabalho apresentado no III Fórum de Psiquiatria do Interior Paulista, em 2000, Gislaine Freitas e Neury Botega mostraram que, do total de adolescentes grávidas estudadas na Secretaria Municipal de Saúde de Piracicaba, foram encontrados: casos de Ansiedade em 21% delas, assim como 23% de Depressão. Ansiedade junto com Depressão esteve presente em 10%.

Importantíssima foi a incidência observada para a ocorrência de ideação suicida, presente 16% dos casos, mas, não encontraram diferenças nas prevalências de depressão, ansiedade e ideação suicida entre os diversos trimestres da gravidez. Tentativa de suicídio ocorreu em 13% e a severidade da ideação suicida associação significativa com a severidade depressão.

Procurando conhecer algumas outras características da população de adolescentes grávidas como estado civil, escolaridade, ocupação, menarca, atividades sexuais, tipo de parto, número de gestações e realização de pré-natal, Maria Joana Siqueira refere alguns números interessantes.

Números interessantes da Gravidez na Adolescência

Porcentagem de grávidas entre 16 e 17 anos
84%

Primigestas (primeira gestação)
75%

Freqüentaram o pré-natal
95%

Tiveram parto normal
68%

Menarca (1a. menstruação) entre os 11 e 12 anos
52%

Não utilizavam nenhum método contraceptivo
56%

Usavam camisinha às vezes
28%

Utilizavam a pílula
16%

A primeira relação sexual ocorreu:

até os 13 anos
10%

entre 14 e 16 anos

27%

entre 17 e 18 anos

18%

entre 19 e 25 anos

17%

depois dos 25 anos

2%


(http://gballone.sites.uol.com.br/infantil/adolesc3.html)

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AIDS NA ADOLESCÊNCIA


A adolescência é um período da vida caracterizado por intenso crescimento e desenvolvimento, que se manifesta por transformações físicas, psicológicas e sociais. Ela representa um período de crise, na qual o adolescente tenta se integrar a uma sociedade que também está passando por intensas modificações e que exige muito dele. Dessa forma, o jovem se vê frente a um enorme leque de possibilidades e opções e, por sua vez, quer explorar e experimentar tudo a sua volta. Algumas dessas transformações e dificuldades que a juventude enfrenta, principalmente relacionado à sexualidade, bem como ao abuso de drogas ilícitas, aumentam as chances dos adolescentes de adquirirem a infecção por HIV, fazendo-se necessário a realização de programas de prevenção e controle da AIDS na adolescência".

Estudos de vários países tem demonstrado a crescente ocorrência de AIDS entre os adolescentes, sendo que, atualmente as taxas de novas infecções são maiores entre a população jovem. Quase metade dos novos casos de AIDS ocorre entre os jovens com idade entre 15 e 24 anos. Considerando que a maioria dos doentes está na faixa dos 20 anos, conclui-se que a grande parte das infecções aconteceu no período da adolescência, uma vez que a doença pode ficar por longo tempo assintomática.

Hoje, as mulheres representam quase metade dos jovens infectados. Entre os pacientes menores de 13 anos com AIDS, a transmissão ocorre em sua maioria através da mãe, no período gestacional. Entre as mulheres maiores de 13 anos predomina a transmissão sexual (metade dos casos), seguida do contágio por uso de drogas injetáveis. Entre os homens a transmissão por via sexual representa mais de 50% dos casos, sendo que a prática homossexual é responsável por cerca de 30% desses casos. O contágio por uso de drogas injetáveis representa cerca de 20% das infecções entre os homens.

Características da Adolescência que Favorecem a Infecção pelo HIV

Existem algumas características comportamentais, socio-econômicas e biológicas que fazem com que os jovens sejam um grupo propenso a infecção pelo HIV. Dentre as características comportamentais, destaca-se a sexualidade entre os adolescentes. A atividade sexual na maioria das vezes se inicia na adolescência, sendo que, cerca de 50% dos jovens norte-americanos já tiveram relações sexuais aos 17 anos e apenas metade desses jovens relata uso de preservativo na última relação. Muitas vezes, a não utilização dos preservativos está relacionada ao abuso de álcool e outras drogas, os quais favorecem a prática do sexo inseguro. Outras vezes os jovens não usam o preservativo em "namoros firmes", justificando que seu uso pode gerar desconfiança em relação à fidelidade do casal. Apesar de que, no mundo hoje, o uso de preservativo nas relações poderia significar uma prova de amor e proteção para com o outro. Observa-se também que muitas jovens abrem mão do preservativo por medo de serem abandonadas ou maltratadas por seus parceiros. Por outro lado, o fato de estar apaixonado faz com que o jovem crie uma imagem falsa de segurança, negando os riscos inerentes ao não uso do preservativo.

Outro fator importante a ser levado em consideração é o grande apelo erótico emitido pelos meios de comunicação, freqüentemente direcionado ao adolescente. A televisão informa e forma opiniões, unificando padrões de comportamento, independente da tradição cultural, colocando o jovem frente a uma educação sexual informal que propaga o sexo como algo não planejado e comum, dizendo que "todo mundo faz sexo, mas poucos adoecem".

Os jovens têm pouco acesso às informações sobre doenças sexualmente transmissíveis e sobre o planejamento familiar. Boa parte dos adolescentes obtém as informações sobre o sexo de colegas e amigos, cujas opiniões, na maioria das vezes, são distorcidas e baseadas em mitos e preconceitos, como, por exemplo, a crença de que o uso do preservativo poderia dificultar a ereção e o desempenho sexual.

Segundo Futterman e col, alguns fatores biológicos contribuem para o aumento da infecção entre as mulheres jovens. Em primeiro lugar elas possuem células imaturas dentro da cavidade vaginal e no colo do útero que não impedem a infecção, como nas mulheres mais velhas. Em segundo lugar, os homens possuem uma grande capacidade de transmitirem doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), o que, por sua vez, facilita a infecção pelo HIV. Por fim, as mulheres possuem um grande número de DSTs assintomáticas, o que faz com que grande parte dessas infecções não sejam tratadas e, dessa maneira, aumentam as chances de contrair o HIV.

Curso Natural da AIDS nos Adolescentes

De acordo com Futterman e col, apesar do curso clínico da infecção pelo HIV, para a maioria dos adolescentes, ser igual ao dos adultos, alguns achados podem ser semelhantes à infecção tanto quanto no adulto, quanto na criança. Estudos mostram que a gravidade da doença varia marcadamente de acordo com o tipo de transmissão. Assim sendo, os indivíduos jovens que adquirem o vírus através do contato sexual costumam manter-se assintomáticos por algum tempo, mas possuem o número de linfócitos T CD4 menor que 410/ml (o que representa uma disfunção imunológica moderada). Já os indivíduos que adquirem a doença da mãe apresentam-se assintomáticos por muito tempo e possuem pouca disfunção imunológica. Portanto, os médicos precisam estar atentos ao fato de que, muitas vezes, o diagnóstico de AIDS congênita pode ser feito apenas na adolescência, e que a realização do exame da AIDS deve ser feito também nos filhos adolescentes de mães infectadas, uma vez que a infecção pode ficar latente por muitos anos.

O Cuidado Clínico dos Adolescentes com AIDS

Os adolescentes precisam de atendimento médico orientado para seu grupo e os profissionais de saúde precisam ser preparados para resolver as suas necessidades. A atenção ao adolescente deve ser dada por uma equipe multidisciplinar, incluindo os serviços de saúde mental, o atendimento ginecológico específico para pacientes com AIDS e os programas de prevenção e educação.

Conforme Futterman e col, a privacidade é um aspecto muito importante nas consultas dos adolescentes, pois geralmente estes têm vergonha das mudanças que ocorrem em seu corpo.

Devido à alta incidência de DSTs nesse grupo de pacientes, os testes de detecção dessas doenças devem ser feitos logo no início do diagnóstico da infecção, estes testes incluem o exame preventivo do câncer de colo, exames para detecção da presença de clamídia, gonorréia, sífilis, herpes genital e hepatite B. Outros exames que devem ser feitos incluem a contagem de células CD4, contagem da carga viral, hemograma completo, exames de avaliação hepática, exames de avaliação renal, exame de urina de rotina, exames sorológicos para detecção de toxoplasmose e citomegalovirose, teste de gravidez e, por fim, os exames para detecção de tuberculose.

Os adolescentes devem receber as seguintes vacinas: tríplice viral (rubéola, caxumba e sarampo), dupla para difteria e tétano, hepatite B, Antiinfluenza,
Antipneumococo e anti-haemófilos. A segunda dose da vacina BCG só não deve ser feita em pacientes com sintomas de AIDS.

O Tratamento Específico dos Jovens com AIDS

A dosagem dos anti-retrovirais é baseada no desenvolvimento da puberdade, de acordo com a classificação de Tanner (escala que classifica o desenvolvimento dos adolescentes de acordo com as fases da puberdade), e não pela a idade. Dessa forma as doses pediátricas devem ser usadas nos pacientes com classificação I e II (fase pré-adolescente), as dosagens dos pacientes que se encontram na fase inicial da adolescência (III e IV) devem ser baseada de acordo com o fim ou não da fase do estirão da puberdade (fase de crescimento acelerado que ocorre nas mulheres entre 11 e 12 anos e nos homens entre 13 e 14 anos), por fim os adolescentes que se encontram na fase V devem ser tratados como adultos.

Deve-se dar atenção ao fato de que muitas drogas prescritas para adolescentes (como os anticoncepcionais, o metronidazol, usado para o tratamento de clamídia e tricomonas, e alguns antidepressivos) possuem interações medicamentosas com os anti-retrovirais. No uso dos anti-retrovirais, as doses dessas drogas devem ser ajustadas pelos médicos.

De acordo com Futterman e col, a aderência ao tratamento entre os adolescentes é relativamente baixa, sendo que apenas 56% das mulheres e 65% dos homens (participantes de um estudo para avaliação da aderência ao tratamento em pacientes com infecção pelo HIV) revelaram que faziam uso corretamente dos antiretrovirais. Os principais motivos ligados à baixa adesão ao tratamento são os efeitos colaterais, os inconvenientes gerados pela grande quantidade de comprimidos e o esquecimento.

A Prevenção da AIDS na Adolescência

Atualmente existe uma necessidade urgente de tornar os adolescentes capazes de se protegerem da AIDS e de outras DSTs, e de garantir-lhes o direito a um desenvolvimento sexual seguro e saudável. As iniciativas devem incluir a educação sexual nas escolas, o trabalho de jovens em entidades religiosas e a integração a atividades esportivas.

É preciso que o adolescente seja envolvido ativamente, para assegurar que as atividades sejam relevantes e úteis. É necessário descobrir o que os jovens pensam e quais são as suas necessidades. Os programas a serem desenvolvidos devem ser baseados nos problemas, crenças e necessidade de informação, identificados pelo próprio paciente.

Os jovens precisam muito mais do que fatos sobre sexo, eles precisam questionar, desenvolver a capacidade de tomar decisões, comunicá-las aos outros, lidar com os conflitos e defender as suas opiniões, mesmo que essas sejam contrárias às opiniões dos outros.

Por fim, o comportamento do adolescente é muito influenciado pela família, amigos, professores e principalmente pela mídia. Estes podem desempenhar um papel fundamental, e devem atuar aumentando a conscientização sobre as práticas que afetam a saúde do adolescente, como o abuso de drogas e de álcool e a prática do sexo inseguro.


(http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=3867&ReturnCatID=1802)

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O blog foi criado pelas alunas da UCB, para um trabalho de Introdução ao Estudo Superior. O intuido do blog é informar as pessoas sobre o assunto SEXO NA ADOLESCÊNCIA. Apesar de todo modernismo, o assunto ainda é tratado como uma coisa de outro mundo. Os pais deveriam ter a iniciativa de conversar com os filhos sobre o assunto, porque um sexo irresponsável pode trazer varias consequêcias para a vida dos jovens, uma delas é a gravidez precoce que tambem é um assunto abordado pelo o grupo.

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